13/08/2021 Aprovada às pressas pela Câmara dos Deputados, a PEC (proposta de emenda à Constituição) que retoma as coligações nas eleições para deputados e vereadores não deve tramitar com a mesma celeridade no Senado, deixando em xeque a possibilidade de vigorar no pleito de 2022. Além de avaliarem ainda não haver apoio da maioria da Casa, senadores consideram que esse tema requer mais debates, podendo tornar inviável a aprovação e promulgação da PEC até outubro, para valer nas eleições do ano que vem. O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem defendido a manutenção das regras aprovadas na reforma política de 2017, que acabou com as coligações. Ele também avalia que os senadores não aprovarão as mudanças feitas pela Câmara. A retomada da possibilidade de coligações foi aprovada em primeiro turno, por 333 a 149, pelo plenário da Câmara na noite de quarta-feira (11), depois que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, surpreendeu líderes partidários ao pautá-la antes do programado. Por se tratar de mudança na Constituição, era preciso haver ao menos 308 votos, de um total de 513 deputados. Redação com Agência Folha |