18/08/2021 Sem acordo em relação ao projeto que altera as regras do Imposto de Renda (IR), os deputados aprovaram na noite desta terça-feira um requerimento para retirada de pauta. Com isso, abriram espaço para a votação do segundo turno da reforma eleitoral. Foi o segundo adiamento da votação, que era prevista para ser votada na semana passada. Os deputados decidiram deixar a análise da proposta relatada pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA) apenas na próxima semana. Com apoio da base do governo, foram 390 votos favoráveis à retirada de pauta e 99 contrários. Houve uma abstenção, além do voto do presidente. O presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) já havia adiado a votação uma vez, para dar mais tempo para os parlamentares analisarem o texto. Ele voltou a defender a análise do texto base no plenário e sugeriu que mudanças sejam implementadas por destaque: — Consenso nesse plenário sobre esse tema é impossível. Precisa separar o que é política do que é justo e correto para o Brasil — afirmou durante a sessão. O presidente ainda explicou que a ideia original era de votar o texto principal nesta terça-feira e os destaques em um intervalo de até 15 dias, para que se chegasse a um acordo. — Não há interesse desse texto em trazer prejuízos para estados e municípios. Estamos fazendo um esforço tremendo para isso, mas se a Casa entende que não está maduro, para não a cair nas armadilhas sem necessidade, a gente entende — disse Lira, que aproveitou para alfinetar o PT: — O PT não tem grandes objeções porque a pauta maior, principal do partido é taxação de dividendos e aqui a gente está discutindo isso. O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), pediu adiamento para a próxima semana para atender a maioria dos parlamentares: — Há muitas divergências sobre as contas feitas. Foram apresentados muitos destaques que podem desvirtuar o equilíbrio (do projeto). Eu sugiro que a votação do texto e dos destaques fiquem para a próxima semana — disse Barros, acrescentando que ficou acertado que o projeto só seria votado se não resultar em perdas para os municípios. Redação com jornal O Globo |