18/01/2022 Prefeitos das principais capitais e grandes cidades do país pediram nesta segunda-feira (17) uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no mês de janeiro ou no início de fevereiro para defender a instituição de subsídio federal para o transporte urbano. Pressionados pelo aumento do diesel utilizado nos ônibus e pelos reajustes salariais dos trabalhadores do setor, tanto os municípios quanto as empresas prestadoras de serviço alegam que a União deveria ao menos custear gratuidades do sistema, o que custaria em torno de R$ 5 bilhões por ano. Em ofício redigido hoje, após reunião da diretoria-executiva, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) alega ser necessária a “instituição de um programa emergencial de assistência financeira imediata para minimizar os reajustes nas tarifas do transporte público”. Por isso, a organização pede uma audiência com Bolsonaro da qual participariam os prefeitos de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB); do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD); de Curitiba, Rafael Greca (DEM); de Salvador, Bruno Reis (DEM); de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB); de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSDB); e de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB). Desde novembro até sexta-feira (14), 43 municípios, incluindo 4 capitais, reajustaram as tarifas de ônibus em índices que variam de 2% a mais de 50%, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em todo o país, o sistema de transporte tem custo estimado em R$ 40 bilhões, dos quais metade se refere a despesas de mão de obra e quase 27% ao preço do diesel. Fora isso, empresários do setor observam que as gratuidades já representam 20% dos passageiros transportados. Na terça-feira passada (11), o prefeito de Porto Alegre esteve com Bolsonaro e apontou a gravidade do cenário. Os prefeitos defendem a aprovação de um projeto de lei no Congresso, apresentado pelos senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Giordano (MDB-SP), que institui o financiamento da passagem de ônibus de quem tem mais de 65 anos em todo o país, por meio de um Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas (PNAMI). Em reunião em novembro com o prefeito de São Paulo e outros mandatários locais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que colocaria a proposta na pauta da Casa em fevereiro, após a volta do recesso legislativo. Redação com CNN-Brasil / Foto: Reprodução Redes Sociais |