11/02/2022 O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a duvidar do sistema eleitoral durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, 10. Ele destacou que “todo mundo sabe do que tem que desconfiar”. “Mais do que desconfiar, algumas coisas temos que resolver até as eleições, e serão resolvidas brevemente, podem ter certeza. A gente quer eleições limpas, transparentes e tenho certeza de que brevemente essas questões serão resolvidas”, afirmou. Desta forma, Bolsonaro volta à retórica do período anterior aos atos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) realizados no dia 7 de setembro do ano passado. Após as manifestações bolsonaristas em Brasília e São Paulo, Bolsonaro entrou num acordo com o Supremo e parou de atacar o sistema eleitoral e a Corte. No entanto, ele tem retomado as críticas nas últimas semanas. Durante live nesta quinta, Bolsonaro também lembrou que as Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. “Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Aceitamos um convite do ministro Barroso. O pessoal do Exército, segundo a mídia, buscou o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades, para ajudar o TSE. Foi oficiado o TSE, para que pudesse responder às Forças Armadas”, declarou. “Passou o prazo, ficou um silêncio, foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje. E isso está na mão do ministro [da Defesa] Braga Netto, que vai tratar desse assunto. Ele vai entrar em contato com o presidente do TSE para ver se o atraso foi em função do recesso ou ou se não foi”, disse. Mais cedo, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro falou que o Brasil vive sob uma "ditadura que vem pelas canetas" e afirmou que "vai acontecer algo" nos próximos dias "que vai nos salvar". "Qual é a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela e outros países, e uma ditadura que vem pelas canetas? Qual é a diferença? Nenhuma. Então, vocês sabem o que aconteceu no Brasil. Acredito em Deus. Nos próximos dias, vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil", declarou. A menção a uma suposta 'ditadura nas canetas' pode fazer referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), visto que em outras ocasiões o chefe do governo federal já criticou 'canetadas' de ministros da côrte. Redação com Brasil-247 / Imagem: Reprodução Facebook |