03/04/2022 Os governadores Renan Filho (MDB), de Alagoas, e Camilo Santana (PT), do Ceará, formalizaram no sábado (2) suas renúncias para poder disputar as eleições de 2.022. As iniciativas ocorreram na data limite prevista pela legislação eleitoral para o afastamento dos cargos, a seis meses do pleito, em outubro. Outros quatro governadores já haviam deixado as funções durante a semana: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB), de São Paulo, Flávio Dino (PSB), do Maranhão, e Wellington Dias (PT), do Piauí. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que está no final de seu segundo mandato, desistiu de concorrer a outro cargo. Ele vinha sendo incentivado, inclusive pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a tentar uma vaga no Senado, mas decidiu permanecer no governo até o final do ano. Quem pode concorrer à Presidência Dos seis governadores que renunciaram, dois podem vir a ser candidatos ao Planalto. Doria deixou o comando de São Paulo como pré-candidato à Presidência pelo PSDB. Ele venceu as prévias do partido em novembro de 2.021, mas vem sendo pressionado a desistir por não ter decolado nas pesquisas de intenção de voto, e sofre resistências dentro do próprio partido devido à sua alta rejeição. O vice Rodrigo Garcia (PSDB) assumiu o governo paulista e deve ser candidato à reeleição. Derrotado nas prévias do PSDB, Leite deixou a função de governador do Rio Grande do Sul ainda sem definir a que cargo irá concorrer. Ele reconheceu a legitimidade do processo de escolha do partido, mas tem dito que as prévias não são definitivas. O PSDB deve definir um candidato após negociações com o Cidadania, o MDB e o União Brasil. Quem assume o comando do governo gaúcho é o vice Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Quem pode concorrer ao Senado Os outros quatro governadores que estavam no fim do segundo mandato e, por isso, não poderiam tentar a reeleição, devem entrar na disputa por uma vaga no Senado em 2.022. No Ceará, Camilo Santana passou o cargo a Izolda Cela (PDT), vice-governadora e agora a primeira mulher a comandar o estado. Ele irá concorrer ao Senado, enquanto a vice tentará a reeleição. Em Alagoas, Renan Filho também renunciou para tentar uma vaga como senador ― caso eleito, ele atuará ao lado do pai em Brasília. O cargo, porém, não foi assumido pelo vice, porque Luciano Barbosa, que exercia a função, renunciou em 2.020 para disputar a Prefeitura de Arapiraca. Com a renúncia, o governo provisório seria assumido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, que deveria convocar uma eleição indireta em 30 dias para a escolha de um governador tampão. Mas como Victor deixou o Solidariedade e se filiou ao MDB para tentar a reeleição como deputado estadual, o cargo de governador ficará com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Klever Loureiro, a quem caberá conduzir a escolha indireta. Há uma articulação de Renan Filho para que o deputado estadual Paulo Dantas (MDB) seja eleito indiretamente na assembleia e dispute a reeleição em outubro. No Maranhão, Flávio Dino oficializou na quinta-feira (31) sua saída do governo e confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O vice-governador Carlos Brandão (PSB) assumiu a vaga e irá tentar uma reeleição. No Piauí, Wellington Dias também renunciou na quinta-feira para disputar uma cadeira no Senado. Em seu lugar, assumiu a vice-governadora Regina Sousa (PT). Ela também é a primeira mulher a governar o estado e não deve tentar a reeleição. Redação com CNN-Brasil / Fotomontagem: Reprodução Redes Sociais |