10/04/2022

Apenas com segurança de presidentes, brasileiros pagaram 127 Milhões de reais em 11 anos Apenas com segurança de presidentes, brasileiros pagaram 127 Milhões de reais em 11 anos





Pessoal, transporte, alimentação, salário: nos últimos 11 anos, o cidadão brasileiro pagou mais de R$ 127 milhões com gastos relativos à segurança de presidentes da República, vices e familiares. As cifras foram obtidas pela reportagem no Portal da Transparência do Governo Federal e são relativas às despesas liquidadas, ou seja, quando os serviços foram prestados e pagos. De 2.011 a 2.021, foram gastos R$ 127.376.282,16 com a segurança presidencial.

Somente no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), foram liquidados R$ 60.332.122,10. Depois, no segundo mandato, que durou cerca de um ano e meio, R$ 17.980.613,81. Michel Temer (MDB), que assumiu a presidência em agosto de 2.016 após o impeachment da petista, usou R$ 16.988.694,15. Já Jair Bolsonaro, até 2.021, liquidou R$ 30.074.851,90. Para 2.022, já estão liquidados R$ 2.411.980,92.

A segurança presidencial é realizada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Para isso, a pasta utiliza agentes de seguranças pessoal e de instalações, além de seus recursos materiais.

As ações são divididas em três áreas: segurança imediata (em que atua de forma mais próxima ao presidente), aproximada e afastada.

O sistema de segurança compreende planejamento, coordenação e execução e pode envolver órgãos federais, estaduais e municipais. Além disso, mediante ordem do presidente, pode incluir integrantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Os candidatos passam por cinco meses de treinamento antes de participar da equipe de segurança. A capacitação dos funcionários envolve condicionamento físico, manuseio de armas e explosivos, corrida, lutas e aulas de conduta.

Em uma das partes do treinamento, os funcionários passam por um simulador, onde é reproduzido o trajeto do comboio presidencial. Todos os veículos são enfileirados com batedores em motos ao redor, em sincronia.

No campo, são previstas emboscadas — a ideia é reproduzir um ataque à comitiva com uma reação extrema, que conta com disparos de fuzil e pistolas 9 mm em uma ação que dura três minutos ininterruptos de tiros, granadas de fumaça roxa, vermelha e branca e um dublê na figura do presidente.

Em 2.019, o ministro Augusto Heleno, que comanda atualmente o GSI e já trabalhou na segurança dos ex-presidentes Fernando Collor e Itamar Franco, afirmou que os profissionais que compõem o comboio presidencial acabam sendo "uma mistura de Batman, Superman e Mandrake" — isso por causa da rotina com diversificadas atividades.

As indicações para compor o comboio presidencial são feitas, normalmente, pelas chefias das forças auxiliares — como PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Redação com R-7 / Imagem: Reprodução Redes Sociais