08/05/2022 O empresário de mineração Dirceu Santos Frederico Sobrinho veio a público dizer, neste sábado, em um vídeo postado em redes sociais, que é o dono da carga de 77 quilos de ouro apreendida pela Polícia Federal na última quarta-feira. Segundo ele, o metal é legal e pertence a uma de suas empresas, a FD'Golg DTVM. Sobrinho não explicou por que demorou para admitir que a carga era de uma de suas empresas nem apresentou documentos que comprovem que o ouro estava regularizado. O empresário foi candidato a primeiro suplente do ex-senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pelo PSDB nas eleições em 2018, mas não foi eleito. Ele também é tido como próximo a membros do governo Bolsonaro e já foi recebido em ao menos duas ocasiões pelo vice-presidente Hamilton Mourão, segundo a agenda oficial: uma em 26 de setembro de 2.019 e outra em 24 de janeiro de 2.021. O ouro, avaliado em R$ 23 milhões, estava sendo transportado por policiais militares que foram detidos. Dois deles, o tenente-coronel Marcelo Tasso e o sargento Gildsmar Canuto, são lotados na Casa Militar, órgão responsável pela segurança do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Também foram presos na ocasião Wilson Roberto de Lucca e Marcos Pereira dos Santos. O governo estadual afirmou na ocasião que Tasso estava afastado desde outubro do ano passado para gozar de licenças antes de se aposentar e que Canuto foi afastado. A FD'Gold, cujo nome fantasia é D'Gold, é uma distribuidora de títulos e valores mobiliários fundada em 2.007 e controlada por Sobrinho. Redação com jornal O Globo / Foto: Reprodução divulgação PF |