18/06/2022 Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram a decisão do ministro André Mendonça, que, na prática, obriga os Estados a reduzir ICMS sobre diesel. Também foi mal recebido o fato dele ter cobrado informações sobre a política de preços da Petrobras. Para um dos ministros, André Mendonça "ampliou" o objeto da ação, quando deu cinco dias para que a Petrobras encaminhe documentos e atos internos em que foram discutidas e estabelecidas as balizas para formação dos preços nos últimos cinco anos. Um magistrado apontou ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com nova ação no STF sobre o tema e que, "não surpreendentemente", o órgão, que representa o presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu a distribuição da ação, por prevenção, a Mendonça. O processo, no entanto, foi distribuído por sorteio ao ministro Gilmar Mendes. A avaliação de alguns membros da Côrte é de que a decisão de Mendonça extrapolou o pedido inicial e que a discussão sobre se as alíquotas do ICMS dos combustíveis devem ser uniformes em todo país deveria ser feita na ação relatada por Gilmar Mendes. Na quarta-feira (15), em um despacho, o ministro já havia dado cinco dias para a AGU e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestarem sobre o tema e apontado que a discussão seria realizada em plenário. A decisão monocrática de Mendonça ainda não tem data para ser analisada pelo colegiado. Redação com jornal Valor / Foto: Divulgação STF |