20/06/2022 A cena é comum: o motorista chega ao posto de combustível para abastecer, e o atendente pede para checar o carro. Pneus, óleo, motor, água... A boa manutenção é fundamental e ajuda a evitar acidentes, mas golpistas tentam confundir os clientes e “empurrar” produtos que, muitas vezes, são desnecessários e podem danificar o veículo. Esse esquema envolve metas e pressão por resultados. A empresa mostrada neste domingo em rede nacional de televisão é uma rede de postos de gasolina na região metropolitana de Porto Alegre, e a meta é enganar cada vez mais motoristas para vender produtos superfaturados e, muitas vezes, desnecessários. O posto chegou a ser fechado pelo Procon, mas segundo o diretor do Procon da capital gaúcha, Wambert Di Lorenzo, só foi interditado “até que ele restituísse as vítimas em dobro do posto. Depois que ele restituiu todas as vítimas, nós levantamos a interdição”. No entanto, quatro anos depois o golpe não só continuou como também foi aperfeiçoado. Os funcionários passaram a pedir que os clientes assinassem as notas fiscais para servir como mais uma garantia para o golpe. O problema acontece em outras regiões do Brasil. No Procon de São Paulo, por exemplo, foram dez queixas no ano passado e 14 só nos primeiros cinco meses deste ano. O senhor José foi colocar 50 reais de gasolina em seu carro. No posto,alegando uma suposta fumaça que estaria saindo do motor, um funcionário pediu para abrir o capô. Ele convenceu o aposentado de 73 anos a trocar o óleo. A conta fechou em mil e trezentos reais, incluindo produtos que seu José sequer autorizou, e com preços bem acima do mercado. O frasco de um aditivo para óleo custou R$ 149, e a reportagem da Tv Globo encontrou o mesmo produto por 44 reais. Ou seja, menos de um terço do valor. Todos devem ficar atentos quando esses serviços que nada têm a ver com o abastecimento forem oferecidos. O correto é não aceitar. Redação com g-1 / Imagem: Reprodução Redes Sociais |