23/09/2022 Mais de 1.300 pessoas foram detidas em toda a Rússia na quarta-feira (21) por participarem de protestos contra a guerra na Ucrânia. Alguns foram diretamente recrutados para as Forças Armadas, de acordo com um grupo de monitoramento, depois que o presidente Vladimir Putin anunciou uma “mobilização parcial” dos cidadãos. Imagens e vídeos mostram a polícia reprimindo manifestantes em várias cidades, incluindo o centro de Moscou, onde pessoas foram levadas pelas autoridades policiais, e São Petersburgo, onde forças de segurança tentavam conter uma multidão que gritava “sem mobilização” do lado de fora da Catedral Isakiivskiy. A polícia realizou detenções em 38 cidades da Rússia na quarta-feira, segundo números divulgados pouco depois da meia-noite pelo grupo de monitoramento independente OVD-Info. A porta-voz Maria Kuznetsova disse à CNN por telefone que em pelo menos quatro delegacias de Moscou alguns dos manifestantes presos pela tropa de choque estavam sendo convocados diretamente para o exército russo. Um dos presos foi ameaçado de ser processado por se recusar a ser convocado, afirmou Kuznetsova. O governo pontuou que a punição por recusa à determinação agora é de 15 anos de prisão. Das mais de 1.300 pessoas detidas em todo o país, mais de 500 estavam em Moscou e mais de 520 em São Petersburgo, ainda de acordo com a OVD-Info. Pouco mais da metade dos manifestantes detidos cujos nomes foram tornados públicos são mulheres, complementa a organização, tornando-se o maior protesto antigoverno por participação de mulheres na história recente. No entanto, a OVD-Info alegou que o número total de prisões permanece desconhecido. O grupo informou também que nove jornalistas e 33 menores também estão entre os detidos, e que um dos menores teria sido “brutalmente espancado” pela polícia. Redação com CNN-Brasil / Imagem: Reprodução Tv Russa |