16/12/2022 Com a péssima repercussão da alteração da Lei das Estatais, considerada verdadeira mutilação do texto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) desacelerou a tramitação e chamou os líderes da Casa para discutir a votação ou não do projeto. O plano inicial de Pacheco, que trabalhava pela aprovação, era votar o texto na sessão das 16h desta quinta-feira (15). Depois, desistiu. É quase certo que a votação fique para 2.023, caso ocorra. A forte reação negativa com a aprovação da matéria na Câmara dos Deputados acendeu a luz amarela no Senado. Durante a manhã, as negociações, capitaneadas por Pacheco, eram para que a votação ocorresse assim que houvesse votos pela aprovação, o que não se confirmou ao longo do dia. A mudança na Lei das Estatais foi proposta de surpresa pela deputada federal Margarete Coelho (PP-PI). O jabuti reduz o tempo de 36 meses para 30 dias para que pessoas que tenham atuado em estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a campanha eleitoral assuma cargos de direção em estatais. Na prática, o texto livraria Aloízio Mercadante de complicações judiciais ao assumir a presidência do BNDES e foi apelidado de “Emenda Mercadante”. Como declarou o senador Tasso Jereissati, um retrocesso escandaloso. Redação com DP / Imagem: Reprodução Ag. Senado |