08/03/2023

Supremo julga norma sobre visita íntima em presídios federais nesta quarta-feira Supremo julga norma sobre visita íntima em presídios federais nesta quarta-feira




Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem julgar nesta quarta-feira (8) uma ação que questiona trechos de uma norma, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que criou regras para permitir visitas íntimas em presídios de segurança máxima. Ao redor do mundo (veja exemplos mais abaixo), a Justiça de outros países se dividem em permitir ou não que seus detentos tenham direito aos encontros reservados.

Os ministros vão analisar uma ação apresentada pelo Instituto Anjos da Liberdade e pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim). De acordo com o texto da norma, a visita conjugal fica restrita à comprovação de casamento ou união estável entre as partes, ou por meio de uma declaração firmada pelo casal.

Também não é admitido mais de um cadastro de pessoas autorizadas à visita conjugal. A substituição da pessoa cadastrada deve observar o prazo mínimo de 12 meses, contados a partir da indicação de cancelamento do cadastro anterior.

Desde janeiro deste ano, visitas íntimas estão proibidas no sistema prisional em Goiás. Foi promulgada uma lei que veta este tipo de encontro entre presos e pessoas de fora da cadeia sob a justificativa de que representa um risco para a segurança pública. 

Como é pelo mundo

• Irã, Arábia Saudita e Israel: prisioneiros casados têm permissão de receber visitas de suas esposas.

• México: permite as visitas íntimas entre pessoas do mesmo sexo.

• Canadá: o sistema de visitas íntimas acontece a cada dois meses; os prisioneiros recebem o direito a passar 72 horas com suas esposas e seus familiares em um apartamento mantido pelo sistema prisional.

• Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte: não permitem as visitas conjugais nas prisões, mas os detentos de baixo risco podem receber licenças para ir até suas casas ver os familiares.

• Estados Unidos: o privilégio existe apenas em quatro estados (Washington, Califórnia, Nova York e Connecticut) e em cadeias estaduais; o contato em presídios de segurança máxima só é feito através de divisória e por meio de telefone.

Redação com R-7 / Imagem: Reprodução divulgação STF