17/04/2023

Autópsia aponta que brasileira morta na Argentina usou ¨cocaína rosa¨ antes de cair de prédio Autópsia aponta que brasileira morta na Argentina usou ¨cocaína rosa¨ antes de cair de prédio




O caso da brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, que caiu do sexto andar do apartamento de um empresário argentino, em Buenos Aires, ganhou novos desdobramentos após o resultado da autópsia constatar que a jovem consumiu drogas alucinógenas no dia em que tudo aconteceu. 

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Clarín, que teve acesso ao documento, o entorpecente seria o “tuci”, popularmente conhecido como “cocaína rosa”. A polícia investiga se a jovem cometeu suicídio ou foi morta pelo empresário Francisco Sáenz Valiente, que está preso.

Conforme o jornal argentino, Sáenz Valiente declarou que não ofereceu cocaína e tuci a ninguém, tanto em referência à vítima brasileira quanto às outras três mulheres que a polícia descobriu que também estavam no apartamento no dia da morte. Elas foram identificadas como Lia Figueroa Alves, Juliana Magalhães Mourão e Dafne Santana. No entanto, em depoimento os quatro não negaram o uso de drogas e álcool no dia do ocorrido.

SURUBA LOUCA

O tuci, também chamado de "cocaína rosa" , é composto por duas substâncias: um estimulante (derivado da metanfetamina, como o MDMA) e um alucinógeno (geralmente a cetamina). Seu efeito é estimulante, despersonalizante e eufórico. Na versão de Sáenz Valient, ele afirma que na noite da queda Emmily teria tido um "surto psicótico" .

Testemunha viu Emmily pedir ajuda

Pai de Emmily, Aristides Rodrigues ainda defende que a filha foi vítima de um homicídio. Ele relatou ao jornal O Globo no último sábado que vizinhos da frente do prédio de Sáenz Valiente afirmaram ter visto a jovem “se segurando e acenando na janela para que pessoas a vissem pedindo ajuda” e chamassem a polícia.

Empresário nega crime

Na versão de Sáenz Valiente, a jovem teve um “surto psicótico” e se jogou do sexto andar. Preso, Sáenz Valiente enviou aos pais de Emmily uma carta manuscrita na qual afirma que a queda da jovem foi "acidental" e que fez "todo o possível" para evitá-la.

Ainda na carta, o homem diz que foi uma tragédia e que ele tentou ligar duas vezes para a polícia pedindo ajuda. Conforme divulgado pelo jornal O Globo, a partir dos áudios obtidos, Sáenz Valiente de fato pediu ajuda ao serviço de emergência argentino, antes da queda da jovem. No áudio é possível ouvir a brasileira, ao fundo, gritar por socorro. Ao telefone, o empresário forneceu o endereço da casa dele.

Nesta semana, a defesa de Saénz Valiente tentará libertá-lo, visto que terça-feira(18) é o prazo para o juiz criminal decidir a situação processual do empresário . 

Redação com jornal Extra / Foto: Reprodução jornal La Nacion