29/05/2023 O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre contra o tempo para não deixar a medida provisória que reformulou os ministérios no começo do seu governo perca a validade. A MP 1154/23 foi publicada no primeiro dia do novo governo, definindo um total de 37 ministros, sendo 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério. No entanto, se o texto não for votado pela Câmara e pelo Senado até a próxima quinta-feira, 1º de junho, ele perde a validade e a estrutura do governo federal voltará a ser do tamanho do que era no governo de Jair Bolsonaro, com 23 ministros. Na quarta-feira (24), o governo já sofreu uma derrota depois que a comissão mista que analisa a reestruturação ministerial de Lula aprovou, com alterações, o relatório sobre a matéria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL). O texto final aprovado manteve mudanças feitas por Bulhões que causaram críticas internas no governo, como o esvaziamento do Ministério dos Povos Indígenas e a perda de poder do Ministério do Meio Ambiente. O texto segue agora para votação no Plenário e, caso não seja concluído no prazo, 17 ministros de Lula perderão suas pastas. São eles: *Ana Moser, ministra do Esporte *André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura *Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial *Carlos Lupi, ministro da Previdência Social *Cida Gonçalves, ministra da Mulher *Esther Dweck, ministra de Gestão *Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços *Jader Filho, ministro das Cidades *Luiz Marinho, ministro do Trabalho *Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos *Margareth Menezes, ministra da Cultura *Renan Filho, ministro dos Transportes *Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário *Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social *Simone Tebet, ministra do Planejamento *Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários *Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social Destes, dois ministros ainda poderiam voltar para assumir o ministérios de Infraestrutura e o da Cidadania, que existiam durante o governo Bolsonaro, mas foram desmembrados no governo Lula pela MP. Outro ministério criado pela reestruturação ministerial da MP de Lula foi o de Relações Institucionais, chefiado por Alexandre Padilha, o próprio responsável pela articulação para aprovação da MP. No entanto, caso ela caduque, a pasta não seria extinta, apenas rebatizada com o nome antigo de Secretaria de Governo, como foi no governo do ex-presidente Bolsonaro. Durante a votação da MP, a articulação do governo não mobilizou a base de aliados para impedir que a pasta de Marina Silva perdesse poder. Com as alterações aprovadas durante a semana pela comissão mista, foram retirados do Ministério do Meio Ambiente o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a Agência Nacional de Águas (ANA), além da gestão da política de resíduos. Redação com CNN-Brasil / Imagem: Reprodução redes sociais |