25/07/2023 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta segunda-feira (24), um projeto de lei e uma medida provisória (MP) para regulamentar os jogos de azar, também chamados de jogos de apostas, no Brasil. De acordo com articuladores do texto no governo, tanto o projeto de lei quanto a medida provisória estão publicados no Diário Oficial desta terça-feira (25). A MP traz as novas regras dos jogos e também da cobrança tributária. Por ser medida provisória, já começa a valer a partir de sua publicação e o Congresso Nacional terá 120 dias para analisá-la. O projeto de lei traz processos administrativos e sancionadores do negócio. Para valer, depende de tramitação legislativa desde o início. Para fontes do governo, a decisão do Planalto de regulamentar a atividade, como bingos e cassinos, avança em questão pendente no Brasil há muito tempo, e poderá resultar em arrecadação para os cofres públicos já neste ano. Atualmente, com exceção das apostas online, a prática de jogos de apostas no país é ilegal. A regulamentação permite que as empresas operadoras de jogos peçam outorga do serviço ao poder público, o que, na prática, rende uma licença de operação no Brasil, com prazo definido. De acordo com os textos, o valor da outorga será definido em outro ato de regulamentação do Executivo. A estimativa interna é que cada empresa pague R$ 30 milhões para operar no país por cinco anos. A autorização para funcionar no Brasil leva à implantação de casas de jogos, divulgação de propaganda/comerciais e também ao pagamento regular de impostos. A partir dos valores obtidos pela exploração dos jogos, as empresas deverão, primeiramente, pagar o prêmio ao apostador, depois descontar tributos federais (como Imposto de Renda e PIS/Cofins), também os locais (como ISS). Após isso, a receita líquida passaria por um rateio entre o Fundo de Segurança Pública, o de Educação, Ministério dos Esportes, o próprio lucro dos clubes e operadores, entre outros. A expectativa é que a regulamentação do setor de apostas esportivas resulte na arrecadação de R$ 6 bilhões a R$ 12 bilhões. Para o orçamento de 2024, deverão ser considerados R$ 2 bilhões, para que não haja insegurança jurídica. A taxação está dividida da seguinte forma: -10% de contribuição para a seguridade social; -0,82% para educação básica; -2,55% ao Fundo Nacional de Segurança Pública; -1,63% aos clubes e atletas que tiverem seus nomes e símbolos ligados às apostas; -3% ao Ministério do Esporte. Redação com CNN-Brasil / Imagem ilustrativa: reprodução redes sociais |