10/08/2023 O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, do Movimento Construir, foi assassinado nesta quarta-feira, em Quito, capital do país. Ele deixava um comício político realizado no Anderson College, quando foi baleado várias vezes. O Ministério do Interior e, posteriormente, o presidente Guillermo Lasso confirmaram o homicídio por meio de comunicados nas redes sociais. “Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, comentou Lasso, em seu perfil na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. Após a confirmação da morte, os principais candidatos à Presidência anunciaram a interrupção das suas atividades eleitorais. Lasso informou que o Gabinete de Segurança da Presidência da República fará reunião extraordinária. Também devem participar a presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint; a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela. Logo após o ocorrido, imagens mostrando o momento do ataque começaram a circular nas redes sociais. Em um dos vídeos Villavicencio aparece deixando o Anderson College e se dirigindo a um carro, acompanhado de sua comitiva e apoiadores, quando se ouvem tiros e um grande tumulto toma conta do local. Um homem suspeito de ser o assassino do candidato presidencial do Equador, morreu em um tiroteio com agentes de segurança pouco depois. O Ministério Público do país informou em redes sociais que o homem, “ferido durante uma troca de tiros com agentes de segurança, foi detido e levado em estado grave para a Unidade de Flagrantes em Quito”. “Uma guarnição do Corpo de Bombeiros confirmou a morte. A polícia procedeu com a remoção do corpo”, acrescentou o Ministério Público sobre o suposto autor do assassinato de Villavicencio, que foi baleado na cabeça ao sair de um comício na região central da capital equatoriana. Eleições Villavicencio era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto. Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%). Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%). O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato. Redação com CNN-Brasil / Imagens: Reprodução Tv equatoriana |