12/08/2023 A Polícia Federal solicitou nesta sexta-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração da Record TV, o objetivo do pedido é saber se o dinheiro das joias sauditas chegou a Bolsonaro e se o valor da recompra de alguns itens saiu da conta dele, já que o destino e a origem podem evidenciar lavagem de dinheiro. O pedido vem na esteira da operação da PF de busca e apreensão no caso das joias, que teve como um dos alvos o pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid. Além do general Mauro César Lourena Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef são investigados. A PF identificou o rosto do general Lourena Cid no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro Alexande de Moraes, do STF. Os três são suspeitos de ter vendido joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado "a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior". Além da proximidade com a família do ex-presidente, Lourena Cid ocupou importantes cargos no Exército brasileiro antes de ser transferido para a reserva, em 2019. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que chegou à CPMI do 8 de Janeiro informa que o general e a esposa — pais do tenente-coronel Mauro Cid — movimentaram cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas em um período de 15 meses. DEFESA DE BOLSONARO A defesa de Jair Bolsonaro (PL) emitiu uma nota negando que o ex-presidente tenha desviado bens públicos durante sua gestão. Ele é investigado pela Polícia Federal pelo leilão de joias doadas pelo governo saudita em 2.021. O suposto esquema de venda de presentes oficiais, o qual teria sido organizado pelo ex-ajudante de obras do então presidente, Mauro Cid. O leilão foi anunciado por uma joalheria dos Estados Unidos em janeiro deste ano. Em nota, o advogado de defesa do ex-presidente, Fabio Wajngarten, declarou que ele “não teme absolutamente nada”, uma vez que não teria cometido nenhuma irregularidade. Redação com R-7 / Imagem: Reprodução divulgação PR |