09/10/2023 Primeira mulher trans a se tornar professora da Faculdade de Direito do Recife (FDR), a mais antiga do Brasil, aberta em 1827, e também a primeira trans a fazer parte da direção da instituição ligada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a jurista Antonella Galindo pode também se tornar a primeira mulher trans a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O STF em 132 anos de história só teve três mulheres como ministras. Todas elas brancas. Além disso, nenhuma pessoa abertamente LGBTQIAP+ foi nomeada até o presente. Contudo, uma campanha nas redes sociais atrelada às entidades LGBTs passou a defender a candidatura de Antonella, que atualmente é vice-diretora da FDR/UFPE, para a Suprema Côrte. Correndo por fora na disputa pela indicação do presidente Lula (PT) para a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente devido a idade, Antonella revela que ser considerada para ocupar a vaga no Supremo já a deixou feliz. A jurista, que também é professora há 25 anos, afirma que a ideia surgiu a partir de entidades LGBTQIAP+ que enxergaram em sua notoriedade jurídica uma possibilidade de representação queer ( palavra da língua inglesa que significa estranho ) na côrte. A campanha virtual é uma forma de alavancar e dar visibilidade ao nome da especialista para que o presidente considere sua indicação. “Sei que tenho uma trajetória extensa dentro do Direito, mas quando pessoas à frente de organizações LGBTQIAP+ me procuraram para alavancar o meu nome e ser notada pelo presidente, foi uma alegria”, completa a doutora, que pontua ainda que nunca houve uma pessoa abertamente LGBT+ no Supremo, o que seria inédito caso ela fosse eleita. Redação com portal IG / Imagem: Reprodução facebook |