Simone Gomes, a tutora de Nina, uma porca da raça basset de 4 meses, criada como pet desde os 20 dias de vida, recebeu um pedido da vigilância sanitária de sua cidade, Petrolina de Goiás (GO), para retirar o animal de sua residência, alegando que a permanência do bicho infringia as leis do município. A denúncia foi feita por uma vizinha, que alegou sentir o mau cheiro.

Simone explica que quando o agente do órgão inspecionou a casa procurando os odores, ele não sentiu nada. "Não encontrou mau cheiro, mas já veio com a intimação que mandava retirar a Nina em até três dias. Ele alegou que o município proibia a criação de suínos."

Durante esse período, Simone gravou um vídeo contando o que tinha acontecido e postou nas redes sociais. Após isso, ela entrou em contato com seus advogados, foi até a prefeitura e pediu a prorrogação do prazo para mais dez dias úteis.

"Depois, fizemos todos os exames da Nina para mostrar que ela não transmitia nenhum tipo de zoonose. Queríamos alegar que ela é saudável e vive como um pet", contou.

Porém, segundo a tutora, antes do prazo vencer os agentes da vigilância sanitária voltaram à sua casa. "Vieram com uma intimação para retirar a Nina no prazo de 48 horas, porque não era permitida a criação de suínos na zona urbana."

Ela afirma que quando seus advogados pediram a cópia do processo para entrar com recurso, a vigilância não tinha. "Fizeram tudo com abuso de poder", fala.

Por fim, Simone conta que levou a porca para a fazenda de um amigo, a 10 km de sua casa, e seus advogados entraram com um mandado de segurança no Judiciário para trazer Nina de volta para casa. "Hoje, ela está sofrendo e nem brinca mais", desabafa.

Redação com R-7 / Fotomontagem: Reprodução arquivo pessoal