19/10/2023 Parte das armas furtadas do Arsenal do Exército em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, teria sido oferecida ao Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro. De acordo com informações do portal g1, a Polícia Civil do Rio encaminhou um vídeo para o Exército com a imagem de quatro metralhadoras. As imagens foram incluídas no Inquérito Policial Militar que apura o desvio do armamento. A oferta das armas teria sido feita ao traficante William de Souza Guedes, o Corolla, criminoso que, atualmente, comanda o Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio e é um dos homens de confiança dos chefes da facção Comando Vermelho. Ao receber a ligação, Corolla entrou em contato com Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, apontado pela polícia como o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade. A polícia ainda apura se o negócio foi fechado ou se não passou apenas de uma oferta à facção. A reportagem afirma que o caso ocorreu há pouco mais de um mês, após o feriado de 7 de setembro, segundo a investigação. O grupo que furtou as metralhadoras pediu 180 mil reais por cada metralhadora calibre .50. Esse tipo de armamento é capaz de derrubar helicópteros e aviões sem blindagem e atingir alvos a uma distância de até 2 quilômetros, de acordo com o especialista em segurança pública Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz. Além das 13 metralhadoras .50, 8 de calibre 7,62 foram roubadas em Barueri na quarta-feira (11). Desde então, cerca de 480 militares foram mantidos no quartel para a apuração do caso. Com o avanço da investigação interna, 320 militares foram liberados na terça-feira (17), uma semana após o desvio das armas. Segundo o CMSE, a situação agora passou de “estado de prontidão” para “sobreaviso”. “O que significa uma redução do efetivo da tropa aquartelada”, afirma o comunicado do Exército. “A investigação segue em curso e está sob sigilo”, diz a nota do Comando Militar. Redação com informações de Metrópole e g1 / Imagem: Reprodução EB |