21/02/2024

OS FUGITIVOS DE MOSSORÓ - Cavernas, mata fechada, animais peçonhentos e chuva. As dificuldades enfrentadas nas buscas OS FUGITIVOS DE MOSSORÓ - Cavernas, mata fechada, animais peçonhentos e chuva. As dificuldades enfrentadas nas buscas




As buscas pelos foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró na zona rural do município e de Baraúna, última cidade do Rio Grande do Norte a Oeste, antes da divisa com o Ceará, enfrentam dificuldades naturais da Caatinga, o bioma da região.

Mata fechada, grutas, animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, forte insolação, calor e a época de chuva na região são alguns dos empecilhos enfrentados pelos mais de 500 agentes envolvidos na ação de recaptura.

“Embora a gente possa ter árvores com 18 ou 20 metros, o normal são árvores com média de três a cinco metros de altura, e uma área embaixo muito emaranhada, muito fechada, com espinhos, com plantas que se enrolam uma nas outras e formam verdadeiras camas de gato. E como estamos no período de chuva, a mata fica bem densa, fechada”, afirma Leonardo Brasil, gestor do Parque Nacional Furna Feia, localizado há 6,5 km ao Norte do presídio.

“A região com mata não é uma área de fácil deslocamento. Para ser rápido, tem que ser por trilhas de caçador, de gado, de ciclistas”, complementa.

Em visita a Mossoró no domingo (18), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, alegou que a complexidade do terreno é um ponto de dificuldade para os trabalhos. Também afirmou que não há prazo para a captura dos presos.

O parque preserva uma área com mais de 8,5 mil hectares do bioma da Caatinga e ainda conta com uma zona de amortecimento que começa a 2 km do presídio, próximo à estrada RN-015. Somada à unidade, a zona compreende 25 mil hectares, o equivalente a aproximadamente 25 mil campos de futebol. Segundo Leonardo, embora as grutas não sejam comuns em todas as áreas de caatinga do Nordeste, são uma característica da região Oeste potiguar.

Redação com g1/RN / Imagem: Reprodução divulgação