05/12/2017

Dono de Construtora diz que jóia para mulher de Cabral foi propina da obra no Maracanã Dono de Construtora diz que jóia para mulher de Cabral foi propina da obra no Maracanã




Executivos vinculados à Odebrecht, à Carioca Engenharia e à Delta revelaram em depoimento nesta segunda-feira (4), no Rio de Janeiro, detalhes do pagamento de propinas a políticos envolvendo a reforma do estádio do Maracanã e em obras do Parque das Favelas e do Arco Metropolitano. As informações foram apresentadas durante depoimentos prestados ao juiz federal Marcelo Bretas.

Eles descreveram um esquema de manipulação dos editais, direcionando as licitações e garantindo a divisão das obras entre determinadas empreiteiras. Os executivos afirmaram ainda que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pedia uma propina no valor de 5% sobre o faturamento dos empreendimentos e indicava o ex-secretário de governo, Wilson Carlos, como o responsável pela interlocução com as empresas.


Pagamento em jóia

O proprietário da construtora Delta, Fernando Cavendish, também depôs. Ele narrou a forma como a empresa conseguiu se envolver na obra do estádio. "Nós tínhamos uma proximidade, viajávamos juntos, nada a ver com as questões públicas. Então, na viagem de 2009, já tínhamos essa convivência. (...) Mas houve a viagem [para a França], aniversário da Adriana [Adriana Ancelmo, mulher de Cabral] e em um certo momento ele me chamou para dar uma volta e tratar de um assunto. Entramos em uma joalheria, explicou que estava dando um presente para Adriana e disse que gostaria que eu pagasse".

O anelzinho custou custou 220 mil euros, correspondentes a uns 880 mil reais.

Redação com CB