05/12/2017

Decisão de Gilmar que soltou empresário 'encontra-se eivada de nulidade', diz PGR Decisão de Gilmar que soltou empresário 'encontra-se eivada de nulidade', diz PGR




Em manifestação em que aponta extrapolação de competência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que mandou soltar - pela terceira vez - o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como "Rei do Ônibus". A PGR diz que a decisão de Gilmar - que revogou ao mesmo tempo duas ordens de prisão - deve ser anulada porque não seria ele, e sim o ministro Dias Toffoli, o relator da Operação Cadeia Velha.

Na peça de 37 páginas que chegou ao Supremo na tarde desta segunda-feira, (4), primeiro dia útil após a decisão recorrida, Raquel Dodge defende os fundamentos apresentados nos dois mandados de prisão que Gilmar revogou.

Em relação à ordem de prisão do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2), na Operação Cadeia Velha, ela apontou que só Toffoli poderia ter tomado decisão, por ter recebido a prevenção para julgar pedidos relacionados, depois de ter negado o primeiro pedido sobre a operação - habeas corpus do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB).

"É incabível que uma decisão de primeiro grau, que entendeu pelo descumprimento de cautelares, seja imediatamente revisada pela Corte Constitucional. Há evidente supressão de instância e ofensa ao devido processo legal. Diante disso, a decisão ora agravada é eivada de nulidade, o que impõe a sua cassação, com o consequente restabelecimento da ordem judicial", disse Raquel Dodge.

Redação com Hoje em Dia