12/12/2017

Ex-assessor de Sérgio Cabral diz que esquema de corrupção movimentou R$ 500 milhões Ex-assessor de Sérgio Cabral diz que esquema de corrupção movimentou R$ 500 milhões




O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, ouviu ontem (10) cinco acusados de participar da suposta organização criminosa instalada durante os governos de Sérgio Cabral. Apontado como operador financeiro do grupo, o ex-assessor Carlos Miranda afirmou em depoimento que a propina era paga de acordo com o faturamento nas obras públicas e que o esquema de Cabral recebeu em torno de R$ 500 milhões, a maior parte encaminhada para o exterior.

Miranda admitiu controlar todas as contas do ex-governador, inclusive as pessoais, desde a década de 1990. Segundo ele, o dinheiro pago pelos empresários também entrava no financiamento de campanhas políticas de aliados de Cabral. Somente a Carioca Engenharia, de acordo com Miranda, repassou cerca de R$ 30 milhões para a organização.

Como operador do esquema, Miranda reconheceu receber R$ 150 mil por mês e disse que ex-secretários do governo Cabral Wilson Carlos e Régis Fichtner recebiam o mesmo valor.

Também ouvido nesta segunda, o sócio da construtora Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco confirmou que a propina paga pela empresa para a organização liderada por Cabral aumentou de R$ 200 mil para R$ 500 mil por mês com a obra da Linha 4 do metrô.

Redação com CB