03/06/2024 Segundo investigação da Polícia Federal, uma quadrilha vinha agindo desde 2.014 em uma fraude milionária para desviar dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de ídolos do futebol brasileiro, num esquema envolvendo empresários do ramo, bancários, advogados e até ex-jogadores. O golpe atingiu atletas como Ramires, João Rojas, Maikon Leite, Elano, Christian Cueva. Uma das vítimas recentes é o peruano Paolo Guerrero, ex-jogador de clubes como Corinthians, Flamengo e Internacional. Ele teve 2 milhões e trezentos mil reais transferidos do FGTS da Caixa para uma conta aberta ilegalmente no nome dele em um banco privado. A abertura foi em 5 de maio de 2.022 em uma agência no bairro Bom Retiro, em São Paulo. Naquele dia, Guerrero estava nos Estados Unidos em tratamento para uma lesão no joelho. A Rede Globo de televisão teve acesso à carta que o jogador escreveu ao banco privado assim que soube do desvio, dizendo que não reconhecia a conta ou as transferências, e pedindo o estorno dos valores, o que só aconteceu seis meses depois. Como o golpe funcionava A quadrilha agia da seguinte maneira: *Primeiro, eles buscavam atletas recém desligados de clubes. *Depois, com assinaturas e documentos falsos, acessavam o fundo da Caixa Econômica e abriam a conta em outros bancos. *Por último, movimentavam o dinheiro desviado para contas de laranjas. A polícia investiga a participação de uma funcionária do banco. Os investigadores afirmam que a mesma quadrilha praticava esse golpe entre 2.014 e 2.017, só que o alvo eram apenas jogadores brasileiros. Marcelo Silva, ex-Santos, é investigado como facilitador dos desvios. A segunda onda de golpes, mais recente, teve como alvo apenas jogadores estrangeiros. "Provavelmente por eles se mudarem para outro país e não terem conhecimento do benefício do FGTS", explicou o delegado Caio Porto Ferreira. Redação com Sistema Globo / Imagem ilustrativa: Reprodução FGTS |