24/06/2024

DEVOLVIDO AO PAÍS DE ORIGEM - Justiça decide mandar de volta suspeito de integrar o Hamas retido pela Polícia Federal DEVOLVIDO AO PAÍS DE ORIGEM - Justiça decide mandar de volta suspeito de integrar o Hamas retido pela Polícia Federal




A Justiça Federal decidiu repatriar o palestino Muslim M. A. Abuumar Rajaa, de 37 anos, barrado pela Polícia Federal no aeroporto internacional de Guarulhos (SP) por suspeita de integrar o grupo terrorista Hamas. Ele chegou ao Brasil na sexta-feira, 21, acompanhado da mulher, grávida de 7 meses, além de um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos.

Em sua decisão, a juíza plantonista Milenna Marjorie Fonseca da Cunha, da 5.ª Vara Federal de Guarulhos, considerou que as informações prestadas pela PF têm “fundamentação legal”.

Ainda de acordo com os agentes brasileiros, o homem consta em uma lista do FBI – a polícia federal americana – que monitora suspeitos de integrar grupos terroristas: a Terrorist Screening Center (TSC).

A suspeita é que ele tenha feito a viagem para que a mulher tivesse o filho no Brasil e assim garantir a permanência dos familiares no país. Esse seria um modus operandi de membros de grupo terrorista, segundo a PF.

O Ministério Público Federal também se manifestou a favor da repatriação de Abuumar Rajaa.

Segundo a juíza, não há nos autos elementos para concluir que a retenção do palestino tenha sido motivada por xenofobia ou discriminação religiosa. A magistrada cita informações enviadas pela PF sobre a relação de Muslim Abuumar com o Hamas e um levantamento em que ele é citado em matérias como representante do grupo terrorista.

O palestino e a família iniciaram a viagem na Malásia e chegaram a São Paulo em um voo da Qatar Airways que partiu de Doha, capital do Catar.

Deputado do PT sai em defesa do palestino

O deputado federal João Daniel (PT) enviou um ofício ao Ministério da Justiça e ao Ministério das Relações Exteriores pedindo explicações sobre a retenção do palestino no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

“Segundo informações extraoficiais, a razão para essa inadmissão está relacionada a alegações de que o cidadão palestino teria ligações com grupos terroristas. No entanto, até o momento, não foram apresentadas provas, documentos ou ofícios que confirmem tais alegações”, afirmou o petista no ofício.

João Daniel é o deputado que, em maio deste ano, se reuniu com Basem Naim, membro da ala política e porta-voz do Hamas, e com José Marcos “Sayid” Tenório, o extremista que debochou de uma refém do grupo terrorista.

Redação com CNN-Brasil e O Antagonista / Imagem: Reprodução divulgação PF