14/07/2024 O autodenominado influenciador digital e humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi preso pela Polícia Civil neste domingo (14), na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Na última sexta (12), ele havia sido alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. Nego Di deve ser transferido para o Rio Grande do Sul ainda neste domingo. A prisão preventiva foi decretada pelo crime de estelionato. Ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário – mas os produtos nunca foram entregues. A investigação da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele na época, em 2.022, passa de 5 milhões de reais. O sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele foi preso na Paraíba em 25 de fevereiro de 2.023, mas solto dias depois. A loja virtual, "Tadizuera", operou entre 18 de março e 26 de julho de 2.022 – ocasião em que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era oferecida a 2 mil e cem reais. De acordo com a Polícia Civil, parte dos seguidores, que hoje passam de 10 milhões, comprou os produtos, mas nunca recebeu. A investigação aponta que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Ainda assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa. A Polícia Civil afirma que tentou por diversas vezes intimar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele nunca foi encontrado. As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a 330 mil reais, mas como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas do esquema seja maior, só que essas pessoas não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influencer. Redação com g-1 RBS / Imagem: Reprodução Tv |