18/12/2017

Dono de uma fortuna bilionária, Marcelo Odebrecht deixa a prisão amanhã Dono de uma fortuna bilionária, Marcelo Odebrecht deixa a prisão amanhã




Quando abriu a porta e se deparou com agentes da Polícia Federal, em 19 de junho de 2015, Marcelo Odebrecht não imaginava que passaria 30 meses atrás das grandes. A sua fortuna de R$ 13 bilhões não pesou em nenhum momento durante análise do caso pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Foi exatamente todo esse poder financeiro que motivou o nome da operação que o levou para a cadeia. “Erga omnes”, que em latim significa “vale para todos”, foi a 14ª Fase da Lava-Jato e levou para a cadeia executivos da maior empreiteira do País.

Marcelo, ex-presidente da Construtora Odebrecht, deixa  amanhã a cela de 12 metros quadrados na Carceragem da PF, em Curitiba, para voltar a ocupar sua mansão, avaliada em R$ 30 milhões, em São Paulo. 

Condenado a 10 anos de prisão, Marcelo terá a partir de agora que cumprir o regime domiciliar integral, com uso de tornozeleira eletrônica. Apesar disso, o empresário poderá circular livremente na residência de 3 mil metros quadrados. De acordo com a sentença, ele só poderá deixar o local em situações médicas, para exames, consultas ou se apresentar problemas de saúde. No entanto, durante negociação do acordo de delação premiada, o empreiteiro entrou em acordo com os procuradores do Ministério Público e conseguiu autorização para ir na formatura de uma das filhas, que termina a faculdade em 2018. Marcelo está proibido de assumir qualquer função na direção da Odebrecht ou de receber visitas dos investigados ou condenados na Lava-Jato. 

Durante o tempo de prisão, Marcelo viu que o mundo real é bem diferente do que ele costumava fantasiar na sua cabeça e percebeu que o dinheiro não poderia comprar a todos, como a Odebrecht fazia com políticos que aceitavam receber propina para beneficiar a empreiteira. Nos três primeiros meses, ele manteve a pose, como se estivesse andando nos corredores de sua empresa quando circulava por dentro do Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. 
Redação com CB