06/08/2024

APOSENTADORIA PELO INSS - Banco Mundial revela que Brasil pode ter que mudar benefício por idade APOSENTADORIA PELO INSS - Banco Mundial revela que Brasil pode ter que mudar benefício por idade




Estudo realizado pelo Banco Mundial revelou que sem novas atualizações nas regras de concessão de aposentadorias e pensões no Brasil, o país precisaria definir uma idade mínima de 72 anos em 2.040 e 78 anos em 2.060 para manter a razão de dependência dos idosos no mesmo patamar apresentado em 2.020.

Neste ano, o índice de dependência era de 14.909. A taxa é a razão de idosos com 65 anos ou mais sobre a população que têm entre 20 anos a 64 anos.

Um dos principais objetivos da reforma da Previdência era controlar o crescimento explosivo das despesas frente às mudanças demográficas, ou seja, o envelhecimento da população com a redução da taxa de fecundidade.

Conforme mostrou o Banco Mundial, apesar das mudanças implementadas pela reforma de 2.019, novos ajustes nas regras de concessão dos benefícios serão necessários, uma vez que não há espaço no cenário político para aprovar uma idade mínima tão elevada, afirmam os economistas escutados pelo Valor Econômico.

O Banco Mundial ainda afirma que pode ser até impossível continuar compensando o envelhecimento da população a médio e longo prazo somente elevando a idade mínima.

Para a economista de Proteção Social do Banco, Raquel Tsukada, os ajustes na Previdência precisam considerar a sua sustentabilidade fiscal de longo prazo, ao mesmo tempo que as adequações devem ser feitas considerando o avanço na qualidade de vida da população, assim como mudanças na composição demográfica e aumento da expectativa de vida.

Para trazer mais igualdade e melhora da sustentabilidade, a especialista reforça que seria necessário:

-Igualar as idades de aposentadoria de homens e mulheres;

-Eliminar diferenças entre as regras para trabalhadores urbanos e rurais;

-Revisar as contribuições especiais;

-Ajustar as regras de pensão por morte;

-Rediscutir os benefícios mínimos.

No cenário nacional atual, apenas 56,4% da população economicamente ativa fez pelo menos uma contribuição em 2.020 para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e, naquele ano, existiam 32,2 milhões de beneficiários do RGPS e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O estudo do Banco Mundial também apontou que essa necessidade de aumento da idade mínima não é apenas uma realidade brasileira, já que todos os países da América Latina e Caribe precisariam elevar a idade para manter constante o patamar de adultos financiando as aposentadorias dos idosos.

Redação com informações do Valor Econômico/No Portal Contábeis / Imagem: Reprodução Agência Brasil