A Administração Central da Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB) determinou nesta sexta-feira (7) a revogação, em sua
totalidade, da Portaria UEPB/GR/246/2017 - que estabeleceu medidas de contenção
de despesas no âmbito da Instituição - e a adoção de medidas legais junto ao
Poder Judiciário, por parte da Procuradoria Geral da Universidade, objetivando
a regularização dos repasses de duodécimo da Instituição.
No expediente em que revoga a portaria de
restrições administrativas, o reitor Rangel Junior considerou que, apesar das
medidas restritivas adotadas pela Reitoria no âmbito da aplicação dos recursos
previstos no orçamento, o Governo do Estado da Paraíba vem executando cortes
contínuos no repasse do duodécimo neste primeiro trimestre de 2017; bem como
considerou que a situação financeira e orçamentária da UEPB tem se agravado sem que o
Estado sinalize, até o presente momento, com qualquer medida saneadora do
problema.
Em relação às medidas legais para garantir
a regularização dos repasses do duodécimo da Instituição e o cumprimento da Lei
7.643/2004, que dispõe sobre a autonomia financeira da Universidade Estadual da
Paraíba, foi considerada a necessidade urgente de adotar providências que
garantam a execução do orçamento, nos termos em que foi aprovado, e a
incongruência orçamentária e financeira entre a Lei Orçamentária Anual (LOA) e
o Cronograma Mensal de Desembolso (CMD), publicado em 25 de janeiro de 2017.
O documento considerou, ainda, que a partir
do repasse do primeiro duodécimo de 2017 o Governo do Estado vem executando, de
forma contínua, inexplicáveis e sucessivos cortes nos valores definidos no CMD,
o que tem causado sérios transtornos às atividades da Instituição; a falta de
respostas por parte do Executivo Estadual aos inúmeros ofícios encaminhados
pela Administração da UEPB, cobrando explicações para os sucessivos cortes; e a
identificação de flagrante desrespeito, por parte do Executivo Estadual, aos
ditames da Lei 7.643/2004.
Redação com ASCOM/UEPB