15/10/2024 Troca de provocações — com direito a abraço — e os reflexos do apagão na cidade de São Paulo motivaram os principais embates entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos a prefeito da capital paulista, no primeiro debate entre os dois no segundo turno. Já na chegada à TV Bandeirantes, que promoveu o encontro desta segunda-feira (14), os candidatos colocavam no outro a culpa sobre a falha no serviço de energia na cidade. Durante o debate, Nunes reforçou sua posição de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que apoia a candidatura de Boulos — não teria agido para resolver os problemas com a Enel, concessionária do serviço de energia na capital. Já Boulos lembrou que a responsabilidade sobre avaliar a atuação da empresa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujo diretor, Sandoval Feitosa, foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo partido apoia a candidatura de Nunes. Abraço entre candidatos Durante o debate, Nunes e Boulos protagonizaram um jogo de "gato e rato" no palco. Ao fazer a pergunta, o deputado caminhava em direção a Nunes, que se retirava para seu púlpito. O prefeito só deixava o local para responder, fazendo com que o psolista recuasse alguns passos. Como o assunto central de praticamente todo o primeiro bloco foi o apagão na cidade, que representa um ponto fraco para Nunes, o prefeito passou a maior parte do tempo em uma posição mais defensiva durante o embate. Em certo momento, Nunes estava respondendo a uma indagação de Boulos sobre como diminuir o tempo que os paulistanos passam utilizando o transporte público. Nesse contexto, Boulos provocou o oponente ao perguntar por que ele havia nomeado Eduardo Olivatto, ex-cunhado de Marcola, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), para liderar o gabinete da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), desafiando-o ainda o prefeito a abrir suas contas bancárias. Nunes então rebateu, afirmando que "não há nenhuma investigação" contra ele e que nunca foi condenado, "ao contrário do psolista, que já passou pela prisão". Nesse momento, Boulos se aproximou, o encarou e deu uma leve tossida. O emedebista, por sua vez, perguntou se Boulos estava bem e quebrando o clima de tensão, abraçou o deputado, provocando risadas entre ambos enquanto o prefeito tentava escapar das perguntas sobre a investigação dos cheques e a abertura de seu sigilo bancário. Redação com CNN-Brasil e portal terra / Imagem: Reprodução Tv Bandeirantes |