01/11/2024

MATADORES DE MARIELLE CONDENADOS - Júri decide por pena pesada para assassinos de vereadora e motorista MATADORES DE MARIELLE CONDENADOS - Júri decide por pena pesada para assassinos de vereadora e motorista




Os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram condenados pelo Tribunal do Júri, nesta quinta (31). 

Ronnie Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, e Élcio, a 59 anos e 8 meses. Eles não poderão recorrer em liberdade. Os dois ainda terão que pagar 706 mil reais de indenizações para cada uma das vítimas.

O veredito foi proferido após julgamento do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, que começou às 10h30 de quarta-feira (30) e foi concluído por volta das 18h desta quinta-feira (31). 

A pena estabelecida pelo tribunal só será aplicada para o caso de descumprimento do acordo de colaboração premiada que ambos assinaram. A rescisão da delação ocorre em casos como identificação de alguma mentira, omissão ou cometimento de novo crime.

Delação

Apesar das penas, Lessa e Élcio devem sair bem antes da cadeia. Os dois assinaram um acordo de delação premiada, que levou ao avanço das investigações – principalmente em relação aos mandantes.

No acordo, está previsto, entre outras coisas, que:

-Élcio Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado;

-Ronnie Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado – e mais 2 anos em regime semiaberto.

-Esses prazos começam a contar na data em que foram presos, em 12 de março de 2.019 – um ano após o crime. Ou seja, 5 anos e 7 meses serão descontados das penas máximas.

Assim, Élcio pode deixar a cadeia em 2.031, e Lessa iria para o semiaberto em 2.037, e fica livre em 2.039.

Ambos ganharam também o benefício de deixar os presídios federais de segurança máxima – já foram transferidos para penitenciárias estaduais.

Lessa conseguiu ainda ter de volta a casa da família na Zona Oeste do Rio que estavam entre os bens bloqueados pela Justiça.

O acordo de cada réu, no entanto, pode ser anulado caso fique comprovada alguma mentira na delação premiada e que não leve à elucidação de casos.

Relembre o crime

Em 14 de maio de 2.018, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30.

Além da vereadora, que levou quatro tiros na cabeça, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Fernanda Chaves estava no banco de trás e foi atingida por estilhaços.

Os bandidos – Lessa e Queiroz – estavam em um Cobalt prata e seguiram Marielle desde a Casa das Pretas, na Lapa, onde ela participara de um evento em uma distância de cerca de 4 quilômetros. A dupla emparelhou ao lado do veículo onde estava a vereadora e disparou, fugindo sem levar nada.

Redação com o tempo e g-1  /  Fotomontagem: Reprodução divulgação sistema penitenciário