12/12/2024 A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) um projeto que autoriza investigados a registrar armas. O texto volta ao Senado, porque os deputados alteraram o mérito do projeto. Como o texto começou a tramitar lá, a proposta precisa ser revisada pelos senadores. O texto retira do dispositivo que regulamenta o registro de arma de fogo a obrigação de o interessado declarar a efetiva necessidade e permite que pessoas que respondem a inquérito policial registrem armas de fogo. Atualmente, o Estatuto do Desarmamento proíbe isso. Segundo a legislação, quem quer ter arma de fogo não pode estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal. Acordo Apesar da polêmica levantada pelo projeto entre os deputados, houve acordo para votação simbólica. O deputado Alencar Santana (PT-SP), que ficou responsável pela orientação do governo para a base aliada, disse que não há compromisso de sancionar a proposta. O acordo foi possível após o relator incluir proibições no acesso a armas para algumas investigações. A versão inicial permitia que investigados por qualquer crime tivesse acesso a armas. Lista de crimes O projeto aprovado, no entanto, elenca os crimes pelos quais uma pessoa investigada será proibida de registrar armas e, na prática, libera para as demais. Conforma a proposta, não poderão ter armas pessoas que forem condenadas, por qualquer crime, ou que estejam respondendo a inquéritos por: -crime doloso contra a vida; -hediondo; -crime contra a dignidade sexual; -crime tipificado pela Lei Maria da Penha; -crime cometido contra o patrimônio com o uso de violência; -crime de ameaça ou cometido com grave ameaça. Além disso, pessoas sob restrição por medida protetiva também não poderão registrar armamentos. Anistia O projeto estende de 3 para 5 anos a validade do registro de armas de fogo, dilatando portando os prazos para revisão dos dados do portador. Além disso, o texto reabre o prazo para legalização de armas irregulares. Esta janela está fechada desde 31 de dezembro de 2.008. Atualmente, quem ainda ostenta armamento não regularizado está com porte ou posse ilegal. Segundo a proposta, quem tiver arma de fogo ainda não registrada ou com o registro vencido poderá solicitar seu registro em até um ano a partir da publicação da lei. Redação com sistema Globo / Imagem: Arquivo camisadez e Agência Câmara |