Em ato de memória dos dois anos dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2.023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser amante da democracia.

“É por isso que eu sou um amante da democracia. Eu não sou marido, eu sou amante da democracia. Porque, a maioria das vezes, os amantes [maridos] são mais apaixonados pelas amantes do que pelas mulheres. E eu sou amante da democracia porque conheço o valor dela”, disse Lula.

O comentário provocou risadas da plateia que acompanhava o evento. Ao longo do discurso, Lula também fez referências ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem se chamou de “Xandão”. O magistrado é relator de ações que miram os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.

Reações à declaração de Lula

A fala de Lula não passou despercebida. Logo, gerou diversas reações tanto no evento quanto na imprensa. A presença de sua esposa, Janja da Silva, no evento, colocou a alegoria feita por Lula em um foco ainda mais crítico. A declaração de Lula, para muitos, soou sexista.

Questionado sobre a fala de Lula, Sidônio Palmeira, que deverá ser ministro da Secretaria de Comunicação, reagiu de forma cautelosa. Declarou que ainda não havia assumido totalmente suas funções e preferiu se abster de emitir julgamentos ou interpretações imediatas.

Lula: Declaração considerada misógina e sexista

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a publicar um vídeo em que ironiza a fala de Lula. "Esse é o chefe da nação que fala em família? O que podemos esperar desse cidadão?", questiona.

Na cerimônia, Lula também defendeu a democracia. “Estamos aqui para dizer que estamos vivos e a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de Janeiro. Estamos aqui, mulheres e homens, de diferentes origens, crenças, partidos e ideologias, unidos por uma causa em comum”, afirmou.

As declarações foram dadas por Lula em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, o Executivo apresentou 21 obras restauradas, danificadas pelos extremistas durante o ataque aos Três Poderes. Entre os exemplos estão “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, e o relógio Balthazar Martinot.

Redação com CNN-Brasil e terra  /  Imagens: Reprodução Tv Brasil