Após quase dois anos de investigação, a polícia resolveu o mistério em torno do assassinato do comerciante Roberto Guimarães Barbosa, de 49 anos, e prendeu a ex-mulher dele. Dono de um bar com karaokê no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, (feira de São Cristóvão), na Zona Norte do Rio, ele havia sido dado inicialmente como desaparecido, até ser encontrado morto no dia 11 de fevereiro de 2.023, em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Andréa Cavalcante de França da Silva, de 45, ex-mulher de Roberto, foi presa por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) na última sexta-feira, no comércio que pertencia à vítima.

Segundo a polícia, Andréa é suspeita de encomendar a morte do comerciante para se apossar do bar e de um carro da vítima. Lizárbio de Lima Pereira, que já teria tido um relacionamento com Andréa, é apontado nas investigações como executor do assassinato. Os dois tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça. Este último já tem passagens policiais por delitos como receptação e furto.

Segundo o delegado Renato Martins, da DHBF, a suspeita é de que Andréa tenha atraído o ex-marido para uma emboscada, no início de fevereiro de 2.023, em Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio. A vítima teria sido executada nesse local. A linha seguida pela polícia é a de que o cadáver foi transportado no próprio carro do comerciante para o local onde foi encontrado em adiantado estado de decomposição dias depois. Sem notícias do comerciante, parentes procuraram a Polícia Civil para registrar o desaparecimento de Roberto.

Um documento localizado junto ao cadáver, em Xerém, foi a primeira pista de que o corpo seria do comerciante desaparecido. Um exame de DNA foi feito e confirmou a identificação. Segundo a polícia, testemunhas revelaram que Andréa havia feito ameaças ao ex-marido, de quem estava separada desde novembro de 2.022. Ao investigar o crime, os agentes descobriram que o veículo do comerciante estava rodando normalmente. O automóvel estava de posse de uma pessoa que, localizada pelos investigadores, alegou ter comprado o carro de Lizárbio.

Uma quebra de sigilo telefônico revelou que Lizárbio esteve próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Segundo a investigação, neste período, ele ligou 13 vezes para o telefone de Andréa. Ela e Lizárbio de Lima Pereira vão responder por crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A previsão é a de que Andréa Cavalcante de França da Silva seja submetida a uma audiência de custódia até esta quarta-feira (12).

Redação com jornal extra / Imagem: Reprodução divulgação PC-RJ