A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na sexta-feira (28), um homem de 52 anos acusado de ameaçar servidores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação ainda mostrou que ele planejava ações extremistas, sendo que dois dias antes da prisão, tentou invadir o prédio do tribunal. O nome da pessoa presa não foi revelado. 

O episódio foi divulgado neste sábado de carnaval (1º) pela PCDF. Segundo o órgão, o homem foi preso em flagrante por resistir à prisão e desacatar agentes durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência, em Samambaia, região administrativa do Distrito Federal. Diante da resistência, os policiais utilizaram força moderada para contê-lo.

Ainda segundo a Polícia Civil, na residência foram localizados bilhetes “confirmando as intenções violentas” e um artefato para a construção de bomba caseira. Além disso, foi apreendido um casaco de uso exclusivo da Polícia Militar do DF, utilizado indevidamente pelo acusado, um aparelho celular e um computador.

Por meio de nota, o órgão responsável pelas investigações declarou ainda que o trabalho de apuração continua em andamento, com o objetivo de reunir mais provas e elementos que sustentem a acusação de apologia ao crime e ameaças dirigidas aos ministros do Supremo Tribunal Federal. 

Histório de violência

Em novembro do ano passado, um homem acionou explosivos presos ao próprio corpo e morreu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Antes disso, ele provocou duas explosões com um intervalo de 18 segundos. A primeira foi no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde um veículo carregado com fogos de artifício explodiu. A segunda aconteceu em frente ao Supremo. 

O autor do atentado foi identificado como Francisco Wanderley Luiz. Vestido como o personagem Coringa, vilão do filme Batman, ele tentou ingressar no prédio do STF, mas não conseguiu. Testemunhas relataram que ele advertiu os seguranças para não se aproximarem, deitou no chão, acendeu um artefato e o posicionou junto à própria cabeça, aguardando a explosão.

Redação com o tempo  /  Imagem: Reprodução divulgação STF