07/03/2025![]() O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita nesta sexta-feira (7) um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Minas Gerais, pouco mais de um mês após o comando da entidade publicar uma carta aberta em que denunciava a "paralisação" da reforma agrária no país. A visita, marcada para as 11h, é uma tentativa de reaproximação do governo em relação ao movimento, mas também será usada para que o presidente toque no assunto mais temido atualmente pelo Palácio do Planalto, que é a alta no preço dos alimentos. Lula vai ainda fazer seu primeiro discurso público após o anúncio de medidas, feito nesta quinta-feira (6), para baixar o preço de alimentos como carne, açúcar e café. Para isso usará como cenário o acampamento do MST que vista em Minas, localizado em Campo do Meio, na Região Sul do estado, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, que produz 160 tipos de alimentos. No acampamento, chamado Quilombo Campo Grande, vivem 459 famílias distribuídas em duas fazendas. A área de produção é de 52 hectares, o equivalente a aproximadamente 52 campos de futebol oficiais. História O acampamento que Lula visitará é emblemático para o MST. A área hoje utilizada pelo movimento para produção de alimentos chegou a ter famílias retiradas do local pela Polícia Militar em 2.020. A área pertence à massa falida da Usina Adrianópolis de Açúcar e Álcool, que parou de funcionar em 1.996. Pelo menos parte das famílias que estão no acampamento é formada por ex-trabalhadores da empresa. Desde a criação do acampamento, em 1.998, a administração da massa falida da empresa tentou 11 vezes uma reintegração de posse. Em uma delas, ocorrida no período da pandemia de Covid-19, uma escola foi destruída. O Supremo Tribunal Federal (STF), em seguida, proibiu ações de despejo durante a pandemia. Até o momento, não houve novas tentativas de reintegração. Redação com o tempo / Imagem: Reprodução BDf |