17/03/2025

BOLSONARO NO RIO - Ex-presidente defende anistia, acusa perseguição e garante que não vai fugir BOLSONARO NO RIO - Ex-presidente defende anistia, acusa perseguição e garante que não vai fugir




Diante de um possível julgamento por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu neste domingo (16), na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2.023.

“Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara. Nós seremos vitoriosos. Nós veremos aparecer a Justiça. Se não é para aquele outro Poder, que existe para isso, pelo Poder Legislativo. Até se o Lula vetar, nós derrubaremos o veto”, afirmou o ex-presidente em discurso em cima de um trio elétrico.

Bolsonaro também disse que “jamais poderia imaginar um dia na minha vida que teríamos refugiados brasileiros mundo afora”, referindo-se a apoiadores que pediram refúgio em outros países. O ex-presidente afirmou ainda que os condenados pelos atos de 8 de janeiro “são inocentes e não cometeram nenhum ato de maldade”.

Essas pessoas são investigadas no Brasil – algumas têm mandado de prisão expedidos e outras já foram até condenadas – por uma série de circunstâncias, algumas por invadir e depredar as sedes dos Três Poderes, dois anos atrás.

Apesar de ainda se colocar como candidato a presidente em 2.026, mesmo inelegível até 2.030 por duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro ressaltou não ter “obsessão pelo poder, mas, sim, amor pelo Brasil”. 

Bolsonaro sugeriu que sua inelegibilidade pode ser revertida. “Afinal de contas, me tornaram inelegível por quê? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Porque me reuni com embaixadores. A outra porque subi no carro de som do Silas Malafaia.”

Também no discurso em Copacabana, Bolsonaro garantiu que não vai fugir do Brasil. “Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro”, disse o ex-presidente.



Bolsonaro criticou Moraes 

Bolsonaro ainda criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e contestou a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele.

Malafaia chama Moraes de ‘criminoso’ e Tarcísio ataca governo Lula

Custeada pelo pastor Silas Malafaia e capitaneada por Bolsonaro, a mobilização deste domingo é uma tentativa de pressionar o Congresso Nacional para aprovação do chamado PL da Anistia, para anular a pena dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2.023. O projeto de lei beneficiaria o próprio Bolsonaro.

Malafaia discursou em Copacabana. Em cima de um trio elétrico e ao lado de Bolsonaro, ele atacou Alexandre de Moraes. “O ministro Alexandre de Moraes é um criminoso”, disse o líder religioso.

Tarcísio aproveitou para atacar o governo Lula. “Ninguém aguenta mais arroz caro, gasolina cara, o ovo caro. Prometeram picanha e não tem nem ovo. E, se está tudo caro, volta Bolsonaro”, afirmou o governador.

“Qual a razão de afastar Jair Bolsonaro das urnas? É medo de perder a eleição? E eles sabem que vão perder”, prosseguiu o governador. “Estamos aqui para lutar e exigir anistia de inocentes que receberam penas.”

Também discursaram os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Rodrigo Valadares (União-SE).

Redação com R-7  /  Imagens: Reprodução Tv e redes sociais