O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (17) que a democracia “não é dado adquirido” e requer vigilância constante. Em seu discurso na posse da direção da OAB, o petista citou o suposto plano que pretendia impedir a posse dele em 2.023. 

"Atualmente nos deparamos com um cenário global em que o fascismo ressurge sobre novas formas, e no Brasil a intolerância política chegou ao extremo de uma tentativa de golpe contra a democracia, que previa inclusive assassinato do presidente, do vice-presidente da República e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral", disse.

“Por trás desse episódio, estão os mesmos ideais autoritários, os mesmos métodos violentos e os mesmos agentes saudosos dos porões da ditadura. Nós precisamos estar vigilantes. A democracia não é um dado adquirido. Ela é uma construção diária", continuou.

Lula destaca necessidade de regulamentação das plataformas digitais

Lula destacou também a “desinformação e propagação do ódio” nos ambientes digitais e reforçou a necessidade de regulação das plataformas, como proteção do “coronelismo digital”. 

“Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais, diante de uma falta de regulamentação adequada, temos observado uma concentração de poder concentrado nas oligarquias digitais".

"É imperativo avançar na criação de um arcabouço jurídico robusto que proteja crianças, mulheres e minorias, no ambiente digital, para que sejam protegidos do coronelismo digital”, enfatizou. 

O advogado José Alberto Simonetti tomou posse nesta segunda-feira (17) como presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e reafirmou, em seu discurso, a “defesa intransigente do Estado Democrático de Direito” pela instituição. Simonetti foi reeleito e ficará no cargo até 2.028. 

Redação com o tempo  /  Imagem: Reprodução divulgação PR