09/04/2017

Tática eleitoral faz base se "descolar" do governo Temer. Tática eleitoral faz base se "descolar" do governo Temer.




Desgastado, PMDB não sabe se terá condições de disputar a sucessão presidencial.

A impopularidade do presidente Michel Temer, o avanço da Lava Jato e a crise econômica têm levado integrantes da base no Congresso a um "descolamento" do governo, que se reflete não apenas nas votações no plenário, mas nos acordos

para as disputas de 2018. A um ano e meio das eleições, o PMDB de Temer não sabe se terá condições de disputar a sucessão presidencial com candidato próprio e o PSDB escancara suas divergências em praça pública.

"O Temer foi o resultado dos erros da Dilma e agora o Lula poderá ser o resultado dos erros do Temer", afirmou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), numa referência ao crescimento do ex-presidente petista, réu da Lava Jato, nas pesquisas. Cristovam, que fez parte do PT,  votou pelo impeachment de Dilma Rousseff. Disse não ter se arrependido, mas, ao adotar um discurso mais duro contra o governo, indicou que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), não está sozinho nas críticas.

Na sua avaliação, Temer precisa de uma espécie de "comunicólogo" para explicar as ações da equipe, se não quiser enfrentar mais problemas. "O presidente virou prisioneiro da psicologia parlamentar, de não ser um líder de massas. Ele acha que, convencendo o Parlamento basta, mas não é assim. Até agora não conseguiu convencer o povo de que a reforma da Previdência vai trazer justiça e acabar com os privilégios", insistiu Cristovam.

Agências.