05/03/2018

Dinheiro para a campanha eleitoral. Um bolo mal dividido Dinheiro para a campanha eleitoral. Um bolo mal dividido




Embora não possam mais recorrer às doações de pessoas jurídicas, os partidos políticos vão dispor de R$ 2,6 bilhões para bancar as campanhas eleitorais este ano. O montante é a soma entre o valor do fundo partidário, de R$ 888,7 milhões, divulgado no início de fevereiro, e do novo fundo eleitoral, de R$ 1,7 bilhão, aprovado em outubro pelo Congresso Nacional. 

A elevação do volume de recursos públicos para os partidos muda pouco ou quase nada a repartição do bolo, já que os grandes partidos continuam abocanhando valores elevados. Mesmo com quantias maiores destinadas aos partidos de pequeno porte até mesmo aos nanicos, essas agremiações ainda se ressentem por levar fatias bem finas da pizza. 

Somando os valores dos dois fundos, o MDB, com maior bancada na Câmara e no Senado, terá direito a R$ 304,9 milhões, enquanto o PT, com a segunda maior bancada, receberá R$ 300,9 milhões. Os menores partidos, como PMB e Novo, terão direito a R$ 1,9 milhão, cada um. “A repartição foi totalmente injusta. Criaram um fundo público, que usará dinheiro público, em que 90% do montante ficam para os partidos grandes e médios”, reclama o deputado Chico Alencar (PSOL – RJ), cujo partido disporá de R$ 32,7 milhões. 

Na opinião do deputado Chico Alencar, as novas regras envolvendo financiamento de campanha não serão capazes de promover justiça no sistema político e eleitoral do Brasil. O cartel milionário de campanhas prosseguiu,disse o parlamentar.

Redação com JB Online