05/04/2018

Lula não vai se pronunciar sobre votação de pedido de habeas corpus no STF Lula não vai se pronunciar sobre votação de pedido de habeas corpus no STF




A assessoria de imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou na noite desta quarta-feira, 4, que o petista não vai se pronunciar após o encerramento do julgamento do seu pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele assistiu acompanhou a votação na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

No início do julgamento, centenas de pessoas, basicamente membros de movimentos sociais ligados ao PT, acompanhavam o julgamento em um espaço destinado a eventos. No entanto, depois do voto da ministra Rosa Weber, considerado decisivo para o resultado final, o público ficou desanimado e foi deixando o local pouco a pouco. O esvaziamento ocorreu mesmo após o presidente do sindicato, Wagner Santana, ter pedido, antes do voto de Rosa, para que todos permanecessem até o final. Ele chegou a dizer que o jantar estava sendo providenciado.

Lula acompanhou o julgamento ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff em uma sala reservada, sem aparelho de televisão, no segundo andar do prédio do sindicato. Ele foi informado dos votos de cada ministro por assessores. Assim foi com o voto da ministra Rosa Weber. A sala de Lula teve o acesso restrito. Apenas alguns convidados mais próximos, como o ex-prefeito Fernando Haddad, os governadores Wellington Dias e Tião Vianna e os anfitriões Moisés Selerges e Wagner Santana, diretor e presidente do sindicato, tiveram acesso a Lula.

Por 6 votos a 5, o STF acabou negando habeas corpus. A defesa do ex-presidente tentava mudar o entendimento firmado pela Corte em 2016, quando foi autorizada a prisão após o fim dos recursos naquela instância. O julgamento durou cerca de 11 horas.

Em julho do ano passado, Lula foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão. Em janeiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) aumentou a pena para 12 anos e um mês na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.

As atenções se voltam agora para o TRF-4 em Porto Alegre, onde os advogados do ex-presidente ainda devem apresentar alguns novos embargos. Negados, o Tribunal comunicará a decisão ao juiz Sérgio Moro, a quem caberá mandar prender Lula.

Redação com JB Online