18/04/2018

Temer fará viagem para Ásia e Cármen Lúcia deve assumir de novo a Presidência Temer fará viagem para Ásia e Cármen Lúcia deve assumir de novo a Presidência




Depois de adiar um giro pelo Sudeste Asiático em janeiro por conta de problemas de saúde, o presidente Michel Temer voltou a programar a viagem para a região e deve se ausentar por quase dez dias em maio, o que obrigará a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, a assumir novamente a Presidência da República. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, que são os primeiros respectivamente na linha de sucessão do presidente, não podem assumir o cargo por conta de uma vedação da lei eleitoral, à qual estão sujeitos por pleitearem um cargo nesta eleição. Nesse contexto, toda vez que a Presidência de República fica vaga, Maia e Eunício buscam providenciar alguma viagem ao exterior.

Temer deve embarcar do Brasil no dia 5 de maio e passar por quatro países da região. Entre os dias 7 e 9, o presidente visitará Cingapura. Na sequência, vai a Bangkok (Tailândia), onde deve chegar dia 9 e partir dia 10. Depois, entre os dias 10 e 12, visitará Jacarta (Indonésia). E por fim, passará outros dois dias em Hanói (Vietnã). A programação foi divulgada nesta terça-feira, 17, pela Secretaria de Comunicação da Presidência.

O objetivo da viagem do presidente - além de encontros políticos, já que deve ser recebido por todos os chefes de Estado - é promover uma série de agendas empresariais. Os compromissos oficiais e a comitiva de Temer ainda estão sendo fechados, mas possivelmente além de ministros o presidente deve ir acompanhado de alguns empresários brasileiros.

O Itamaraty negociou a nova data depois de o presidente ter sido vetado por recomendações médicas. No fim do ano passado, Temer foi submetido a um procedimento cirúrgico por conta de problemas urológicos e as longas horas de deslocamento atrapalhariam a recuperação do presidente.

Irritação

As viagens de Temer têm irritado os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). A irritação se deve ao fato de que terão de se ausentar do Brasil em plena campanha eleitoral, quando o democrata quer disputar o Planalto e o emedebista, reeleição.

Até outubro, Temer tem pelo menos outras duas viagens previstas. Em julho, o presidente deve ir para África do Sul para participar da reunião dos Brics. Em setembro, em plena campanha, o emedebista pretende participar da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

Redação com Hoje em Dia