18/07/2018 A poucos dias antes do início das convenções, partidos brigam para firmar alianças. Vinte e cinco minutos por dia de tempo de televisão e rádio estão em disputa, além de palanques estaduais e recursos do Fundo Eleitoral. Com as coligações, o período de exibição nos veículos tradicionais chega a triplicar e pode mudar o rumo dessas eleições. Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, saem de 1,5 minuto para 6,5 minutos, no caso do pedetista, e de 2,5 minutos para 7,5 minutos, no caso do tucano, aproximadamente. A propaganda começa dia 31 de agosto e vai até 4 de outubro. Divididos entre os períodos matutino e noturno — ambos com 12 minutos e 30 segundos —, postulantes à Presidência aparecerão nas terças-feiras, quintas e sábados. Já nomes que concorrerão aos governos estaduais e ao Distrito Federal terão as segundas, as quartas e as sextas-feiras. Os tempos são divididos proporcionalmente às vagas obtidas pelas legendas na Câmara dos Deputados na eleição de 2014. Quando firmadas as alianças, o número é somado aumentando o período total no ar. Segundo estimativa feita a partir de números de consultorias e partidos políticos, o tempo de exibição pode variar, no qual o máximo, por legenda, é de três minutos. Ainda em negociação, pré-candidatos de legendas maiores buscam apoio das siglas do centrão. O bloco se reunirá nesta quinta-feira para tentar acordo e, finalmente, bater o martelo. Entre as mais disputadas estão o PP, o PR, o DEM e o PSB, que acumulam, respectivamente, 49, 43, 40 e 26 cadeiras no Congresso. Para o cientista político Daniel Falcão, além de conseguir o maior tempo possível, é importante que os presidenciáveis saibam otimizá-lo. “Candidatos precisam de tempo, claro, mas têm que saber muito sobre como usar. Para quem já se garantiu não faz tanta diferença, mas os que estão na ponta, como Marina e Bolsonaro, é importante aumentar as inserções.” Redação com CB |