03/09/2018

Incêndio destrói Museu Nacional no Rio de Janeiro Incêndio destrói Museu Nacional no Rio de Janeiro




Com 20 milhões de peças e documentos, o Museu Nacional era o  quinto maior museu do mundo em acervo. Suas obras contavam uma parte importante da história antropológica e científica da humanidade. Talvez o exemplo mais emblemático seja o fóssil com mais de 11 mil anos de Luzia, a mulher mais antiga das Américas, cuja descoberta nos anos 1970 reorientou todas as pesquisas sobre a ocupação da região.

Ali também estava a reconstrução do esqueleto do Angaturama Limai, o maior dinossauro carnívoro brasileiro, com quase todas as peças originais, algumas com 110 milhões de anos. O sarcófago da sacerdotisa Sha-amun-em-su, mumificada há 2.700 anos e presenteada a Dom Pedro 2º em 1876, nunca tinha sido aberto. A coleção de múmias egípcias e a de vasos gregos e etruscos evidenciam o perfil transfronteiriço do acervo, que também abrigava o maior conjunto de meteoritos da América Latina.

Menos de 1% dessas obras estava exposta ao público. Centro de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional é uma referência para pesquisadores das mais diversas áreas, como etnobiologia, paleontologia, mineralogia, antropologia, entre outras.

O incêndio começou por volta de 19h30 de ontem, quando o prédio já estava fechado para visitantes. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas. O museu fica abrigado no Palácio de São Cristóvão, na quinta da boa vista, Rio , local que abrigou a família real portuguesa quando veio para o Brasil em 1808 e, desde a proclamação da independência, em 1922, a família real brasileira. 

Ainda não se sabe as causas do  sinistro.

Redação com Agências