05/09/2018

Eleições - Ataques entram em campo a pouco mais de um mês do primeiro turno Eleições - Ataques entram em campo a pouco mais de um mês do primeiro turno




A pouco mais de um mês do primeiro turno das eleições e com o cenário ainda indefinido, os candidatos à Presidência da República apostam cada vez mais nas acusações contra os oponentes para angariar votos dos eleitores descrentes e indecisos. Segundo as últimas pesquisas, inclusive a feita pelo Correio Braziliense, a fatia dos entrevistados que pensa em votar em branco ou nulo e que não sabem ou não responderam pode chegar a quase 20%. Para analistas, as acusações, mesmo as mais moderadas, costumam ser armas poderosas em batalhas eleitorais e, com o alto percentual de indecisão, o panorama pode se alterar de forma mais acentuada nos próximos dias.

Depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o pedido de registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, consequentemente, fez com que o nome do petista não aparecesse nas pesquisas, os holofotes dos outros competidores miraram com mais intensidade o postulante do PSL, Jair Bolsonaro. Isso porque Bolsonaro, com a força da internet, lidera os levantamentos das intenções de voto. Como em disputas anteriores, o horário eleitoral e os debates foram os canais mais recorridos para a maior parte das ofensivas.

Além de Bolsonaro, foco dos ataques, o PT está na mira das acusações. Lula, Fernando Haddad e as mirabolâncias do partido não são poupadas, por exemplo, pelo pedetista Ciro Gomes e pela fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.

Marina também não mede as palavras em relação a figuras petistas, principalmente, de Dilma Rousseff, que teve direito de resposta no Jornal Nacional, depois de ser citada pela ambientalista.

O embate entre Marina e Dilma começou em 2014. Após Marina Silva assumir o lugar de Eduardo Campos, morto em um trágico acidente, e disparar nas pesquisas, a candidata petista à reeleição atacou. "Dilma se sentiu ameaçada e adotou um processo de desconstrução de Marina. Foi uma ferramenta eficaz", afirma David Fleischer, cientista político especialista em eleições.

Redação com CB