18/09/2018

PF mira desvios da Conta Emprego e prende braço direito de Paulinho da Força PF mira desvios da Conta Emprego e prende braço direito de Paulinho da Força




A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18), a 4.ª fase da Operação Registro Espúrio. Enquanto as três primeiras investidas da operação miraram irregularidades na emissão do registro sindical, esta nova etapa tem como objetivo apurar desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). A conta é abastecida com dinheiro da contribuição sindical.

O advogado Tiago Cedraz é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da 4.ª fase da Operação Registro Espúrio. Ele é filho do ministro Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz.

O escritório de advocacia e a casa de Cedraz são alvo de busca e um dos seus sócios, Bruno Galiano, tem contra ele pedido de prisão temporária.

O advogado é secretário de Assuntos Jurídicos do Solidariedade, partido do deputado federal Paulinho da Força. O chefe de gabinete do deputado, Marcelo Cavalcanti, foi preso pela PF em São Paulo.

Segundo a PF, o grupo criminoso alvo da ação atuava "junto a entidades interessadas em obter fraudulentamente restituições de contribuições sindicais recolhidas a mais ou indevidamente da CEES".

Os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporária expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas cautelares foram cumpridas em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina.

A PF descobriu que os pedidos de restituição das contribuições sindicais eram manipulados pelo grupo "com o intuito de adquirir direitos a créditos". Os desvios também foram confirmados em apurações da Controladoria-Geral da União.

Após serem retirados da CEES, esses valores eram enviados para as contas bancárias das entidades e um porcentual era destinado para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema.

Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

Redação com agências