29/09/2018 Internado há 24 dias, desde que sofreu um atentado a faca durante campanha nas ruas de Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro (PSL) percebeu o mal do isolamento na própria campanha, que sofre com a descentralização de comando nas principais decisões. A sua alta hospitalar deve ser confirmada hoje pelos médicos. A oito dias do primeiro turno, o militar reformado tenta retomar a função de principal orientador do grupo. Parte das decisões foi tomada sem a presença do presidenciável e, não à toa, a semana termina como a pior deste período eleitoral. A sequência de reportagens sobre relatos da ex-mulher do capitão envolvendo “ameaças de morte” — e até furto de banco — e as declarações do general Hamilton Mourão, vice na chapa do PSL, geraram tensão a ponto de a equipe mais próxima do deputado torcer para o fim do primeiro turno. Como revelou com exclusividade o Blog da Denise, do Correio Braziliense, Mourão estressou o núcleo da campanha ao afirmar que o 13º salário e o adicional de férias são “jabuticabas brasileiras” e “uma mochila nas costas do empresário — declaração imediatamente aproveitada pelos adversários. NúcleosHoje, a campanha de Bolsonaro tem três núcleos. O primeiro é formado pelos filhos do capitão reformado, que estavam mais próximos dele durante o período de internação pós-atentado. O segundo agrupa os políticos propriamente, entre eles, os deputados Major Olímpio (PSL-SP) e Onix Lorenzoni (DEM-RS), além do presidente do partido, Gustavo Bebianno. O terceiro, com sede em Brasília, é chefiado pelo general Augusto Heleno. Redação com Agências |