05/10/2018

Na TV Globo, Bolsonaro e Haddad são alvo em último debate presidencial Na TV Globo, Bolsonaro e Haddad são alvo em último debate presidencial




No último debate entre os presidenciáveis antes da votação em primeiro turno, promovido pela TV Globo, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto, foi alvo de críticas contundentes dos participantes por ter se ausentado do encontro por recomendação médica.

No estúdio da emissora, o petista Fernando Haddad, que está em segundo lugar nas sondagens eleitorais, foi constantemente confrontado pelas denúncias de corrupção durante as gestões de seu partido no Palácio do Planalto.

Mais uma vez, os candidatos que ocupam posições intermediárias nas pesquisas tentaram se colocar como alternativas à polarização entre Bolsonaro e Haddad. Na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 4, o candidato do PSL soma 35% das intenções de voto ante 22% do presidenciável do PT.

A ausência de Bolsonaro, que alegou recomendações médicas para não ir ao debate, mas concedeu uma longa entrevista à TV Record, foi questionada pela maioria dos participantes.

Os candidatos que estão no segundo pelotão nas pesquisas também tentaram reforçar a versão de que os líderes representam os extremos do espectro político. Bolsonaro, além das críticas pela ausência, foi tratado como um risco à democracia. Além do tema corrupção, Haddad precisou responder sobre a crise econômica gerada após os governos petistas.

Logo no início Ciro Gomes (PDT) repetiu a dobradinha com Marina Silva (Rede) e falou sobre o risco de um novo impeachment em caso de vitória do candidato do PT ou do PSL. “Não acredito que, a permanecer essa polarização, se tenha possibilidade de governar o Brasil. Alguns votando por medo do Bolsonaro, outros do Haddad ou porque tem raiva de um ou de outro”, disse a ex-ministra.

Marina foi aplaudida pela plateia quando afirmou que Bolsonaro “amarelou”. Em outro momento, a candidata da Rede cobrou diretamente Haddad uma autocrítica em relação aos escândalos nas gestões do PT.

Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) também alertaram sobre a possibilidade de vitória de um dos extremos. Estagnado nas pesquisas, o tucano apelou ao antipetismo e mirou em Bolsonaro. “O PT terceiriza a responsabilidade. Nem o PT, nem Bolsonaro vão tirar o País da crise”, disse.

Enquanto os candidatos debatiam na Globo, Bolsonaro falava na concorrente Record. Segundo dados preliminares de audiência, a entrevista do líder das intenções de voto, exibida no Jornal da Record, ficou na casa dos 12 pontos, enquanto o debate registrava 24 pontos no mesmo horário. Cada ponto de audiência representa cerca de 246 mil domicílios.

Redação com Agências