Diante dos números das pesquisas de intenção de votos francamente favoráveis a Jair Bolsonaro (PSL), os aliados de Fernando Haddad (PT) cobram uma mudança na campanha, principalmente em relação ao roteiro e à programação do presidenciável, que centrou as atividades em São Paulo nos últimos dias, desde o final do primeiro turno, em 7 de outubro. “Ele tem de sair da capital paulista. Com a possibilidade dos debates, até fazia sentido ficar mais tempo por lá, mas Bolsonaro tem evitado os confrontos, deixando Haddad parado, sem se movimentar na campanha”, disse um petista, reeleito com votação expressiva para o Congresso.
A agenda de Haddad mostra que um dia depois da votação, o ex-prefeito de São Paulo viajou para Curitiba, onde se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Nos bastidores, petistas adiantaram que seria o último encontro com o padrinho político até o fim do segundo turno, para evitar desgastes entre uma parte do eleitorado que, mesmo capaz de apoiar Haddad, se incomoda com a proximidade com o comandante do partido. Na quinta-feira da semana passada, o presidenciável petista esteve em Brasília, onde se encontrou com o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa. Porém, nos outros seis dias, Haddad permaneceu em São Paulo, em entrevistas e encontros com apoiadores.
Números
Ontem, a pesquisa Ibope trouxe Bolsonaro na frente, com 59% dos votos válidos, contra 41% de Haddad. A intenção total de voto também traz o candidato do PSL na dianteira com 52%. Já o do professor registrou 37%. Por outro lado, o petista lidera a rejeição com 47%, enquanto o capitão reformado possui 35%.
Redação com CB